terça-feira, 9 de agosto de 2011

Eletrônicos usados prejudicam a China

Durante décadas, a China foi receptora dos produtos e peças fora de uso da indústria eletrônica mundial. Agora, apesar das novas regulamentações que restringem a entrada desses materiais, o país enfrenta a árdua tarefa de processar milhões de toneladas de resíduos nocivos para o meio ambiente e a saúde.
Por Mitch Moxley, na agência IPS

A China, onde a cada dia aumenta a venda de produtos eletrônicos, gera 2,3 milhões de toneladas de dejetos ao ano, segundo informe divulgado no ano passado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
É superada apenas pelos Estados Unidos, que produzem três milhões de toneladas ao ano que, em grande parte, acabam na China, onde agora está proibido importar dejetos, mas é tolerado.

Este país carece de centros de reciclagem, apesar das melhorias dos últimos anos, e recorre a métodos prejudiciais para o meio ambiente. Alguns dejetos eletrônicos são queimados e uma grande quantidade de materiais perigosos acaba abandonada sem tratamento, segundo informe do China Environment News (Notícias Ambientais da China). “A China ainda não possui um sistema adequado para reciclar e gerir o lixo eletrônico”, disse à IPS o pesquisador Peng Ping’an, do Instituto Cantonês de Geoquímica, da Academia de Ciências Sociais. “Grandes quantidades são diretamente queimadas ou desmontadas em locais sem autorização”, afirmou. E os dejetos continuam se acumulando.
A previsão é de que, este ano, serão produzidos 3,5 milhões de toneladas, de acordo com um estudo do China Construction News (Notícias sobre Construção da China), do Ministério da Habitação e do Desenvolvimento.

Fonte: Envolverde

Reciclagem é tema de palestra a estudantes de Barra Mansa

Publicado em 9/8/2011, às 17h17

A coordenadoria de Resíduos Sólidos do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) iniciou, na manhã de hoje (9), o ciclo de palestras sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e implantação de coleta seletiva em escolas da rede municipal. Ontem, os alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental do Colégio Municipal Clécio Penedo, no Nova Esperança, conheceram os projetos de reciclagem realizados no município. De acordo com o coordenador de Resíduos Sólidos, Jackson Rabelo, as palestras que serão realizadas até o fim do ano têm como objetivos a educação ambiental, com foco para a limpeza urbana e a coleta seletiva, implantar a coleta seletiva em todas as repartições públicas municipais, estaduais e federais instaladas no município e integrar as pessoas que fazem parte dessas instituições dentro desse contexto de limpeza pública, ou seja, a responsabilidade compartilhada.
- Quer dizer que em termo de promoção ambiental todos temos a mesma responsabilidade. Temos o conhecimento, o que nos falta é o hábito. Não temos o costume de dar o destino correto aos nossos resíduos - disse.
Segundo o engenheiro civil com pós-graduação Sérgio Antonio da Silva, o ciclo de palestras também inicia o sistema de bonificação para as instituições que participam do programa de reciclagem.
- Com as palestras e a implantação da coleta de óleo entra o sistema de bonificação, ou seja, quanto maior a quantidade de óleo que as escolas ajudam a arrecadar, mais pontos elas ganham e esses pontos podem ser substituídos por material didático, de escritório, cozinha, audiovisual e eletrônicos de maneira geral. É claro que o sistema tem como foco incentivar a coleta, mas o principal objetivo é mudar a consciência das pessoas em relação ao meio ambiente - falou.
De acordo com Jackson Rabelo, atualmente Barra Mansa dá o destino correto a cinco mil pneus por mês, que são distribuídos para empresas de produção de massa asfáltica, aquecimento de fornos de uma indústria cimenteira e artesanato.
Em relação aos resíduos, como papel, papelão, plástico, garrafas PET, vidro e metais, o município destina para a reciclagem 100 toneladas mensais.
- O projeto foi implantado em 2005 com duas toneladas por mês e até dezembro deste ano a previsão é a de que sejam arrecadadas 150 toneladas por mês em média - comentou Jackson Rabelo, acrescentando que em relação ao material eletrônico o município trabalha com o recolhimento e a descontaminação de lâmpadas fluorescentes e, a partir do dia 16 de agosto, darão início ao acondicionamento de 3,6 toneladas de pilhas e baterias portáteis em concreto.
- Vamos concretar esse material, pois não temos como reciclá-lo. Serão feitos blocos de concreto como se faz hoje com fontes radioativas - explicou.
A orientadora pedagógica do Clécio Penedo, Rosângela Maria Bento, comentou que a palestra e a implantação da coleta seletiva na escola tem o objetivo de complementar os projetos na área de consciência ambiental realizados na instituição.
- A nossa escola vem desenvolvendo projetos de educação ambiental há dois anos. Realizamos oficinas com materiais reciclados, trabalhamos a questão do Rio Paraíba do Sul e a palestra sobre a reciclagem na cidade contempla esses trabalhos - falou.