quinta-feira, 31 de maio de 2012

Notícia: Câmara quer explicações do Google e do Facebook sobre política de privacidade

por Cleide Souza Penteado

Fugindo um pouco do assunto lixo eletrônico, nos deparamos com atualidades que de alguma maneira se relacionam com o assunto em questão: "Até onde estamos seguros"....


O mundo está em constante transformação e a tecnologia é uma das armas utilizadas para tais mudanças. Com o advento da internet, a comunicação tornou-se globalizada, obrigando o usuário a estar sempre atualizado. As redes sociais tornaram-se referências no requisito de integrar diferentes culturas e ideais. As empresas visualizam seus dados em redes sociais em prol de verificar veracidades nas informações. No entanto, onde a política de privacidade de um serviço na Internet beneficia ou prejudica um cidadão?
Em 1º de março de 2012, a nova política de privacidade da Google, que obtêm sites como o youtube, gmail e Google +, fará com que, ao aceitar os termos de privacidade, as informações coletadas em um dos sites da empresa, sejam compartilhadas com os demais serviços sem autorização prévia do usuário. Isso fará com que a Google tenha mais controle dos dados pessoais dos usuários, identificando suas necessidades.
É de suma importância frisar que, se por um lado o usuário ganha com a versatilidade das informações e suprimento de suas necessidades, de outro sua privacidade fica totalmente exposta nos servidores da organização. É fato que, as novas regras ameaçam a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos consumidores, causando alusão às frontas ao direito fundamental e do consumidor.
Sendo assim, é necessário para segurança, cuidado ao expor informações confidenciais até que os serviços tenham garantias suficientes sobre a segurança no tratamento dos dados pessoais e sua finalidade.


terça-feira, 29 de maio de 2012

Brasil é país emergente que mais gera lixo eletrônico; veja como agir

Brasil é país emergente que mais gera lixo eletrônico; veja como agir .Uma lei aprovada em 2010 criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos que define como tratar e reutilizar o lixo no país, mas especialistas dizem que é preciso mais do que uma lei.

Geiza Duarte Brasília

O Brasil já é o país emergente que mais gera lixo eletrônico. O que deveria ser um sinal de avanço tecnológico virou um problemão. Você troca a televisão, compra microondas novo e o que faz com os modelos que ficaram ultrapassados? Já existe uma lei sobre o descarte desse material, mas nem todo mundo segue. Resultado: as lojas de conserto têm pilhas de sucata eletrônica que muitas vezes acabam no lixo mesmo, sem nenhum tratamento.

O que fazer com aqueles eletrodomésticos que já não funcionam tão bem ou pifam quando você precisa usar? Levar para o conserto? “Não vale a pena mandar arrumar. A gente joga fora e compra outro, porque a diferença de preço às vezes é de 90% do valor de um novo”, revela o administrador Fabrício Araújo.

Em alguns casos, o consumidor até leva o aparelho para consertar, mas depois muda de ideia e não volta para buscar. Assim, as lojas de conserto ficam cheias de peças abandonadas.

“O cliente autoriza, você gasta com componentes para consertar o aparelho e ele não busca ou diz que não quer que já comprou outro. Ou simplesmente ele diz que esqueceu e deixa o prejuízo com a empresa”, declara a dona da loja Maria Teixeira Sobrinho.

Chega uma hora em que a empresa tem que se desfazer de alguns aparelhos e surge um novo problema. Onde deixá-los? Alguns são doados, outros vão parar na lixeira comum. “A gente às vezes joga no lixo. Outro dia mesmo, joguei oito microondas no lixo”, revela um senhor.

A sucata eletrônica poderia ser reciclada. Abandonada, se transforma em risco para a saúde. Uma lei aprovada em 2010 criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos que define como tratar e reutilizar o lixo no país, mas especialistas dizem que é preciso mais do que uma lei.

“O fato de ter sido publicada a alei não significa que, de hoje para amanhã, todo mundo vai ficar consciente e vai colocar os resíduos no lugar certo ou vai consumir menos. A questão não é a lentidão da aplicação da política, mas são hábitos culturais humanos”, comenta a professora Maria Vitória, da UnB.

fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/geral/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=4365

Lixo eletrônico gera renda e ajuda entidades em Itatiba, SP

Componentes eletrônicos vão para a Bélgica.
Em 10 anos, foram recolhidas 600 toneladas de lixo.

Em Itatiba (SP), um empresário é exemplo de responsabilidade ao meio ambiente. Dono de uma loja de eletroeletrônicos, ele resolveu montar uma empresa de reciclagem, como mostra a reportagem do Tem Notícias.

Além do lucro com o lixo eletrônico, esse reaproveitamento de materiais serve para ajudar entidades sociais e educacionais que atendem crianças, jovens e idosos.

Ao todo, são recolhidas 13 toneladas por mês. Cerca de 80% de tudo que chega é separado e enviado para reciclagem. O plástico dos monitores vira lanterna de carro, caixinha de óculos. o cobre encontrado nas placas se transforma em fios.

Os componentes eletrônicos vão para a Bélgica, que tem tecnologia para processar o material e separar diversos metais e até ouro. Em quase 10 anos de trabalho, 600 toneladas de lixo eletrônico foram recicladas.

Na empresa que gerencia e dá destino correto aos produtos, trabalham cinco pessoas. Alguns equipamentos chegam à empresa em boas condições. Os produtos são separados e repassados ao Instituto Repensar.

A entidade montou um laboratório com os equipamentos doados. Os alunos em situação de risco social desvendam os segredos da informática. O que antes ia para o lixo representa para eles uma oportunidade de aprendizado. Para doar um computador velho ou qualquer eletrônico que não usa mais, basta ligar no telefone (11) 4534-2999.
 
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2012/05/lixo-eletronico-gera-renda-e-ajuda-entidades-em-itatiba-sp.html

 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Lixo eletrônico: descarte requer engajamento


Empresas precisam fazer o que é chamado de logística reversa, segundo especialista


O serviço de logística reversa em relação ao lixo eletrônico ainda não foi absorvido pela maioria das empresas brasileiras. “Temos empresas que já oferecem o serviço de logística reversa de eletrônicos e temos empresas que ainda não fazem”, disse à Agência Brasil o diretor do Cempre (Compromisso Empresarial para a Reciclagem), André Vilhena.
Por isso, segundo ele, a recomendação do Cempre aos consumidores é que no ato da compra, além de qualidade e preço, “ele inclua no critério de compra uma opção que a empresa dê para o fim da vida útil do aparelho”. Vilhena explicou que esses programas variam hoje de acordo com a característica do equipamento eletroeletrônico. “Aí estão incluídos, por exemplo, computadores, pilhas, celulares”.
Se o fabricante já oferece o serviço, o consumidor terá, ao final da vida útil do aparelho, a opção de devolvê-lo a uma rede autorizada ou encaminhá-lo por correio, com porte pago. É preciso ver no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa ou no manual de instruções qual é a alternativa, indicou o diretor.
Em relação a celulares, Vilhena disse que todas as operadoras atualmente recebem aparelhos e carregadores nos próprios pontos de venda. Os produtos são encaminhados depois para reciclagem no Brasil ou no exterior, dependendo de sua característica. “Mas nem todos os fabricantes fazem isso. Então, o que nós recomendamos é que o consumidor faça a diferenciação na compra também considerando esses aspectos”.
Não há ainda números que tracem um retrato da produção e do descarte de lixo eletroeletrônico no Brasil. André Vilhena analisou que os dados disponíveis até o momento, que foram divulgados em 2010 pela ONU (Organização das Nações Unidas), não podem ser extrapolados para o Brasil porque tiveram como foco apenas a cidade de Belo Horizonte.


Falta de hábito


Ele ressaltou que ainda não é um hábito do consumidor brasileiro devolver o equipamento fora de uso ao fabricante. “Depende do livre arbítrio dele”, declarou. Por isso, disse ser difícil ter uma estatística sobre devolução, porque o hábito é pouco comum no país. Para André Vilhena, é importante que sejam feitas campanhas para orientar o consumidor de que existe a possibilidade de devolver o equipamento à empresa produtora.
O diretor do Cempre destacou, também, a importância de saber manusear o produto ao fim de sua vida útil. Para isso, existem cursos oferecidos pela USP (Universidade de São Paulo) e pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que orientam e habilitam quem trabalha no ramo de comércio de sucata para que aprenda a manusear equipamentos eletroeletrônicos de forma adequada.
Na visão de Adriana Charoux, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), “a atual forma de gestão dos resíduos repete uma lógica de exclusão, de favorecimento de grupos empresariais poderosos e não a população de uma forma geral”. Por isso, ela considera fundamental que os governos invistam em uma política de fortalecimento das cooperativas de catadores de material reciclável, de modo a assegurar trabalho decente para essas pessoas, além de incentivar o consumo responsável.
No caso de pilhas e baterias, que contêm metais pesados, o Idec alerta que elas não podem ser descartadas junto com o lixo doméstico, porque contaminam o meio ambiente. O ideal, recomenda, é procurar um posto de coleta apropriado. Algumas instituições já desenvolvem programas nesse sentido, no país.
Um deles é o Papa-Pilhas, criado em 2006 pelo Banco Real, hoje Santander, que já recolheu e reciclou até o ano passado mais de 589 toneladas de materiais, como pilhas, baterias portáteis, celulares, laptops, câmeras digitais e outros aparelhos eletrônicos. A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada. Os custos de coleta, transporte e reciclagem são arcados pelo Santander. Atualmente, o programa contabiliza cerca de 2,8 mil postos de coleta instalados em agências da instituição, em todo o país.

Rocinha ganha projeto para reciclar computadores e capacitar técnicos

Fábrica Verde transforma lixo eletrônico em inclusão social', diz secretário.
Projeto será apresentado na Rio+20 e deve ser levado a todas as UPPs.

 Secretário Minc participou da inauguração da Fábrica Verde (Foto: Bernardo Tabak/G1)

 A Favela da Rocinha ganhou, nesta quinta-feira (17), a primeira filial do projeto Fábrica Verde, desenvolvido pela Superintendência de Território e Cidadania da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA). A iniciativa pretende, ao mesmo tempo, realizar a reciclagem e o reaproveitamento de computadores, reduzir e dar uma destinação correta ao chamado lixo eletrônico (e-lixo) e estimular a inclusão social, com geração de renda, de moradores das comunidades pacificadas através da capacitação profissional em manutenção e montagem dos hardwares.

A cada doação de três máquinas, obsoletas ou quebradas, seja por moradores da favela ou pessoas de outras partes da cidade, além de empresas públicas e privadas, os alunos montam um computador, que, segundo a SEA, vão voltar a funcionar em telecentros comunitários. A matriz do projeto Fábrica Verde foi inaugurada em outubro de 2011, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.

“Cada computador, além das peças plásticas e metálicas, também tem componentes com cádmio, cobre e chumbo, substâncias que contaminam o meio ambiente. A Fábrica Verde transforma lixo eletrônico em inclusão social”, ressaltou o secretário do Ambiente, Carlos Minc. “Para as empresas é um grande negócio, porque podem se desfazer das máquinas sem ter que pagar para uma empresa de descarte de lixo industrial. E nós ainda damos um certificado que informa a quantidade de computadores corretamente descartados, doados para a Fábrica Verde”, complementou.

Ao longo de dois anos, o Fábrica Verde tem como meta capacitar 720 jovens e adultos da Rocinha. Dentro do projeto, os alunos vão ter ainda aulas de cidadania, empreendedorismo e educação ambiental. Cada um deles vai receber uma bolsa mensal de R$ 120, para auxiliar no deslocamento e manutenção. Ao final, de acordo com a SEA, os 12 alunos que mais se destacarem vão ser selecionados para trabalhar como monitores nos telecentros e na própria Fábrica Verde, recebendo uma bolsa-salário de R$ 600, mensais, pelo período de um ano.

Segundo a SEA, os computadores reciclados pela Fábrica Verde vão possibilitar a criação de novos telecentros em comunidades ocupadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Uma parte das máquinas também será destinada a escolas, creches, associações de moradores e ONGs. “Esse programa vai ser apresentado na Rio+20. A ideia é ter Fábricas Verdes em todas as UPPs”, afirmou Minc.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/05/rocinha-ganha-projeto-para-reciclar-computadores-e-capacitar-tecnicos.html

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lixo eletrônico e seu destino serão tema de campanha

Iniciativa pretende conscientizar a população sobre a necessidade de descarte


De 4 a 9 de junho, durante a semana do meio ambiente, a Gazeta Grupo de Comunicações, Associação Comercial e Industrial (ACI) e Ecolog Serviços Ambientais promovem uma campanha de recolhimento de lixo eletrônico em Santa Cruz do Sul. O objetivo é conscientizar a comunidade sobre a importância do descarte correto desse tipo de material, como forma de proteger o meio ambiente.
No período da campanha, os participantes poderão deixar os equipamentos em ecopontos – a Gazeta, a ACI e a Ecolog serão três deles. A lista completa com os locais deve ser definida nos próximos dias, assim como o nome oficial da campanha.
Todo o material coletado será enviado à Ecolog, onde será processado e separado. Segundo o coordenador técnico da empresa, Robson Wendel, ficará a cargo da Ecolog distribuir os resíduos, como é o caso da placa de circuito impresso que é encaminhada para a Bélgica.
FONTE: http://www.gaz.com.br/noticia/346657-lixo_eletronico_e_seu_destino_serao_tema_de_campanha.html

Mutirão do Lixo Eletrônico terá triturador de lâmpadas fluorescentes

Aparelho estará instalado em um caminhão estilizado no Parque do Povo no dia 2 de junho 

 Além das lâmpadas, eletrônicos e eletrodomésticos diversos serão coletados (Foto: Arquivo)

 O 5º Mutirão do Lixo Eletrônico apresenta na edição deste ano o Papa-Lâmpadas, aparelho responsável por triturar lâmpadas fluorescentes sem agredir ao meio ambiente. A trituração do poluente será feita no evento realizado no Parque do Povo, em Presidente Prudente, no dia 2 de junho, das 8h às 17h.
Os equipamentos de descontaminação ecológica estarão instalados em um caminhão estilizado. Moradores que queiram descartar lâmpadas inutilizadas terão a oportunidade no evento.
A novidade resulta de uma parceria fechada entre os organizadores, a Secretaria Municipal de Tecnologia e a Faculdade de Informática (Fipp) da Unoeste, com uma empresa de tratamento de resíduos sólidos de Chapecó, em Santa Catarina. Ainda no segmento socioambiental, outra parceria é a empresa de gerenciamento de resíduos eletrônicos de Campinas, presente no evento pelo quarto ano.  A empresa recebe o lixo eletrônico e dá a ele a destinação correta.
Para este ano, a meta é arrecadar cerca de 70 toneladas, quantidade semelhante ao que foi coletado na última edição do evento. Em 2010, foram recolhidas 50 toneladas de materiais tecnológicos. Já as duas primeiras edições, ocorridas em 2009, somaram quase 70 toneladas, sendo 30 na primeira ação e 35 no segundo mutirão.
Na ocasião, além das lâmpadas fluorescentes, as pessoas poderão entregar materiais eletrônicos que vão desde computadores, monitores, rádios, teclados, impressoras, mouses, celulares, pilhas, baterias de laptop, MP3, rádio, equipamentos hospitalares, a eletrodomésticos.

FONTE: http://www.ifronteira.com/noticia-presidenteprudente-1504

 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mundo busca destino para o Lixo Eletrônico

NotíciasOld - Apresentação 

 Destino do lixo eletronico continua um problema para paises desenvolvido. Foto: Divulgação

 
Boa parte de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico produzida no mundo até final deste ano vai chegar ao Brasil, à China e a outros 20 países em desenvolvimento. É que celular e computador pessoal que americanos e europeus jogam fora são "exportados" em forma de e-lixo.
Apesar do volume, ninguém sabe que fazer com computadores, TVs e celulares usados. Pequena parcela é reciclada por empresas que exploram metais usados na fabricação de componentes. A maior parte não recebe tratamento.
O e-lixo gerado em países ricos é incinerado, despejado em aterros sanitários ou exportado ilegalmente para lugares como China, Índia e Brasil.
A pior opção é jogar celular ou monitor no lixo de casa. Aquele velho smartphone pode parecer pré-histórico para você, mas existem milhares de pessoas que fariam bom uso dele.
Pesquisas apontam que 21 bilhões de dólares é o potencial de receita do mercado global de recuperação do lixo eletrônico até 2020.
Um notebook, por exemplo, tem 500 g de cobre, 1 g de prata, 220 mg de ouro e 80 mg de paládio. O celular possui 9 g de cobre, 250 mg de prata, 24 mg de ouro e 9 mg de paládio. Japão e Europa são regiões que mais reciclam lixo eletrônico no mundo.
Em 2008 mais de 14% de 3,1 milhões de toneladas de lixo eletrônico nos Estados Unidos foram para reciclagem. Os 86% restantes acabaram em aterros sanitários, foram incineradas ou exportadas para outros países. (Fonte: Planeta Sustentavel)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Descarte correto de lixo eletrônico ainda é problema para o Brasil



Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, programada para junho próximo, no Rio de Janeiro, o Brasil ainda enfrenta um grave problema: o descarte irregular de lixo eletrônico.De acordo com relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado em 2010, o país ocupa a liderança entre as nações emergentes na geração de lixo eletrônico per capita, isto é, por habitante, a cada ano. O relatório aponta que o lixo eletrônico descartado por pessoa, no Brasil, equivale a 0,5 quilo por ano. Em contrapartida, na China, que tem uma população muito maior, a taxa de lixo eletrônico por pessoa é 0,23 quilo e, na Índia, ainda mais baixa (0,1 quilo).

Os números são questionados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A gerente de Resíduos Perigosos do ministério, Zilda Veloso, considera os dados inconsistentes, porque a Organização das Nações Unidas (ONU) utilizou uma metodologia europeia baseada na comercialização. “Se a gente não tem dados do mercado de comercialização, como é que eles chegaram àqueles números? Não tem sentido”. O MMA manifestou formalmente seu posicionamento contrário ao relatório da ONU, por meio do Itamaraty, disse.

O governo brasileiro não tem números sobre aquisição de produtos eletrônicos. Zilda Veloso informou que no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos, vai ser elaborado um estudo de viabilidade técnica e econômica, que deve apresentar informações sobre a geração de resíduos desse tipo. A previsão é que o estudo seja divulgado em quatro meses. O projeto é do Grupo Técnico Temático de Eletroeletrônicos, do Comitê Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa.

Esses sistemas se referem à responsabilidade compartilhada para eletroeletrônicos. “O estudo vai referendar se é possível fazer o recolhimento e destinação desse tipo de resíduo agora ou não”, disse. Na logística reversa, os fabricantes vão assumir a responsabilidade para a destinação do equipamento pós-uso. Zilda não descarta que parte dessa responsabilidade recairá sobre o consumidor. Ela destacou a importância da conscientização do cidadão nesse processo. “Nada vai funcionar se o consumidor não fizer o descarte adequado”.

A gerente esclareceu que o estudo é abrangente, porque vai captar as possibilidades de reciclagem de eletroeletrônicos. “O objetivo do estudo não é só fazer o retrato do setor, mas saber se o setor tem hoje condições de fazer a logística reversa”. O estudo vai dizer o comportamento do consumidor, o tipo de consumo que existe no Brasil e quais são os bens consumidos. Com base nesses dados, o governo terá condições de avaliar se é possível fazer a logística agora ou não. “Uma das coisas que ele vai levantar é uma estimativa de geração de resíduos atual”.

O comitê orientador é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e tem a participação dos ministérios da Saúde; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e da Fazenda. No ano passado, o comitê decidiu que a regulamentação das cinco primeiras logísticas será feita por meio de acordo setorial. São as logísticas de eletroeletrônicos; embalagens plásticas de óleos; lâmpadas; embalagens em geral; e medicamentos.
A logística que se acha mais adiantada é a de embalagens plásticas de óleos lubrificantes. A regulamentação está indo para consulta pública da proposta de acordo setorial em, no máximo, 30 dias. A regulamentação de eletroeletrônicos tem início previsto para 2013. “Porque é uma cadeia bem complexa. Pega desde celular até um aparelho hospitalar, como tomógrafo”, disse a gerente do MMA.

Ela ressaltou também a figura do catador na logística reversa. Adiantou, entretanto, que caso ele venha a ser incluído no processo, terá de ser treinado para poder separar os produtos eletroeletrônicos.

O professor de engenharia ambiental da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Haroldo Mattos de Lemos, não vê motivos para ter melhorado a posição brasileira no ranking de lixo eletrônico gerado entre os países emergentes. Lemos preside o Instituto Brasil Pnuma, que é o Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Ele avaliou que não foram “plantados” no país grandes programas para reduzir o volume de lixo eletrônico. “Existem algumas iniciativas de reciclagem, mas eu acredito que elas estão sendo suplantadas pelo crescimento do volume de aparelhos que é descartado”. Sua impressão é que o lixo eletrônico está aumentando no Brasil.

fonte: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/04/noticias/minuto_a_minuto/nacional/1212550-descarte-correto-de-lixo-eletronico-ainda-e-problema-para-o-brasil.html

Lixo eletrônico ameaça saúde da população e meio ambiente

Rio de Janeiro - O crescimento significativo do lixo eletrônico (e-lixo) no Brasil vem preocupando os técnicos da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA). O resíduo desse tipo de material contém substâncias perigosas, que podem impactar o meio ambiente e ameaçar a saúde da população. A estimativa é que cada brasileiro descarta cerca de 0,5 quilo de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos por ano.

O superintendente de Resíduos Sólidos da secretaria, Jorge Pinheiro, disse à Agência Brasil que em razão das substâncias perigosas contidas nesse tipo de aparelhos, é necessário organizar uma logística reversa no estado que acompanhe as discussões dos acordos setoriais, previstos na Lei 12.305/10, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Caberá ao grupo de trabalho técnico, constituído em Brasília, definir o acordo setorial, que dará as diretrizes para implementação da logística reversa dos eletroeletrônicos, disse.

Pinheiro avaliou que às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, programada para junho próximo, no Rio de Janeiro, a adequação dos empreendimentos à nova lei de resíduos sólidos será de vital importância. Segundo ele, para que isso possa ocorrer de forma equilibrada e em conformidade legal, as novas práticas entre fornecedores e clientes precisarão ser adequadas, visando ao compartilhamento de responsabilidades.

“Atualmente, existem ações pontuais de fabricantes que coletam os resíduos de seus equipamentos, por exemplo, e empresas ou organizações não governamentais (ONGs) que coletam ou recebem equipamentos eletroeletrônicos, dando a destinação final”, declarou.

É o caso, de acordo com Pinheiro, da Fábrica Verde, projeto da SEA, que recebe doações de computadores e periféricos para reutilização, capacitando jovens do Complexo do Alemão, na Penha, bairro da zona norte da cidade, para a atividade de manutenção e montagem de computadores.

Os novos aparelhos montados são destinados a entidades sem fins lucrativos e órgãos públicos instalados nas comunidades, declarou o superintendente. Ele ressaltou que novas empresas de remanufatura de resíduos eletroeletrônicos estão entre os negócios promissores para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.