terça-feira, 3 de julho de 2012

Empresa faz agendamento para recolher lixo eletrônico

Consumidores, comerciantes e indústria são responsáveis pelos resíduos.
Cooperativa em SP também recolhe computadores e celulares.
Jogar fora aparelhos de celular e eletroeletrônicos tem sido um problema dos dias atuais. Um empresário de São Paulo teve a ideia de recolher em casa os equipamentos descartados. Segundo Paulino Andrade, quase 800 quilos de lixo eletrônico chegam à sua empresa todos os dias. Os aparelhos são desmontados e vendidos para outras empresas.
O comerciante Rafael Magalhães é uma das pessoas que agendou horário para entregar um computador e uma impressora que não usa mais. “O lixeiro não pega e não sabe o que fazer. Você fica com isso em casa, acumulando”, diz.
Todos os dias, a empresa de Andrade tem coleta programada. "O cidadão tem consciência, mas não tinha como descartar os materiais”, explica.
Calcula-se que os brasileiros trocam de computador a cada cinco anos, que também é o tempo de uso das impressoras. Muitas vezes, é mais caro trocar o cartucho que comprar uma nova, assim como trocar o celular. Em pouco tempo, uma montanha de lixo eletrônico se acumula em casa.
A cooperativa Coopermiti enxergou essa necessidade e se especializou em lixo eletrônico, recebendo cerca de 35 toneladas por mês. O que alguém jogou fora é o sustento de 23 cooperados, que desmontam e vendem partes dos produtos.
Muita coisa é trazida direto para o galpão, que fica na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Quando a doação é de mais de 200 quilos, a cooperativa busca os eletrônicos, e emite até um certificado, comprovando que a pessoa ou a empresa deu destinação adequada a esses materiais.
“O plástico volta para a indústria plástica, o ferro para o ferro, a placa para a placa, o cobre, e assim por diante, e todo esse material volta para empresas parceiras”, explica a cooperada Cintia de Castro Ferreira Pereira.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Todos, consumidores, comerciantes e indústria, são responsáveis pelos resíduos, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Além de eletroeletrônicos, outros setores devem se organizar para dar uma destinação correta aos materiais - cada segmento tem um cronograma.
Em fevereiro, quatro setores (óleo lubrificante, higiene e limpeza, pilhas e baterias e agrotóxicos) fecharam um acordo com o governo de São Paulo para dar o destino correto aos resíduos. Nesta terça-feira (5), durante o Seminário São Paulo mais limpa, o governador Geraldo Alckmin disse que a prioridade é estabelecer regras para resíduos que oferecem risco ao meio ambiente.
“Dar o destino adequado, com mais quatro convênios importantes com o setor produtivo para o pós-consumo: celulares, óleo combustível, óleo comestível e pneu”, disse Alckmin.

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-paulo-mais-limpa/noticia/2012/06/empresa-faz-agendamento-para-recolher-lixo-eletronico.html

 

Sindicato de informática do Rio faz parceria para coleta de lixo eletrônico

Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio) firmou parceria com a Cooperativa Popular Amigos do Meio Ambiente (Coopama) e a Cooperativa de Trabalho de Catadores de Lixo Céu Azul (Coop Céu Azul).
As duas cooperativas de materiais recicláveis se encarregarão de recolher o lixo eletrônico nas cerca de 10 mil empresas filiadas ao sindicato, dando a esses resíduos a destinação correta do ponto de vista do meio ambiente.
O diretor do TI Rio, responsável pelo projeto de reciclagem de material eletrônico, Luiz Burstyn, informou esta semana à Agência Brasil que a entidade está divulgando a parceria às empresas. “A gente aguarda que a iniciativa dê resultado”, destacou.
Disse que o sindicato alertou para essa necessidade, e vem tentando solucionar o problema, há alguns anos, antes da aprovação da Lei 12.305, de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Burstyn reconheceu que esse é um processo complicado. “Você tem que buscar alguma forma de garantir rentabilidade para quem faz as coisas [catadores], porque o processo, para estabilizar, tem que ser rentável, além de sustentável.”
As duas cooperativas já têm contatos para venda posterior do lixo recolhido nas empresas. Luiz Burstyn esclareceu que isso engloba todo tipo de material eletrônico, como computadores, monitores, impressoras, entre outros. As peças mais valiosas, que trazem mais renda para os catadores, são as placas. As cooperativas recolhem os resíduos, fazem o desmonte e vendem esse material para indústrias, por quilo. Muitas dessas placas são enviadas depois para fundição à Bélgica ou à China, onde são decompostas em materiais nobres, como ouro e prata, por exemplo.

Fonte: http://www.ultimoinstante.com.br/setores-da-economia/setor-saneamento-meio-ambiente/75335-Sindicato-informtica-Rio-faz-parceria-para-coleta-lixo-eletrnico.html#axzz1zb6y3HKW